domingo, 17 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Principio do inventario geral
Sabemos que existem alternativas. Sabemos também que o processo de inventário rotativo é muito mais sensato e produtivo, pois:
É fundamental que haja uma pessoa encarregada de todo o processo, assegurando que tudo seja realizado conforme previsto. As áreas envolvidas, tais como contabilidade, logística, produção, qualidade e aquisição também devem estar devidamente envolvidas e representadas.
Recomenda-se que o planejamento de todo o processo de inventário inicie aproximadamente dois meses antes do evento de contagens, não porque as atividades exigem todo este tempo para serem executadas, mas porque é preciso reconhecer que os envolvidos não se dedicam exclusivamente a este processo em tempo integral, pois na realidade têm outras rotinas por executar.
Investir na organização traz dividendos, na medida em que um procedimento formalizado para o inventário geral, que se aperfeiçoa ano a ano, agrega as lições aprendidas dos processos anteriores. Com este propósito são usados, tradicionalmente, formulários para as contagens físicas. Nestes, simplicidade é fundamental, para que usuários compreendam facilmente o que se espera apurar. Atualmente, formulários impressos em computador ou em gráficas, funcionam bem, mas contagens suportadas por coletores (tipo batch, fixos ou por radiofreqüência) são alternativas mais modernas. Naturalmente, cada qual tem suas vantagens: Baixo investimento e simplicidade são vantagens para o processo tradicional, enquanto consistência e produtividade são benefícios críticos quando o esforço requerido é muito maior.
Os itens, os locais e os contadores devem estar bem identificados. As somas não são realizadas pelos contadores, isto será feito mais tarde. Se o processo for baseado em papel, um excedente deve ser previsto para evitar ter que sair correndo para providenciar mais fichas durante a contagem. Os relatórios também precisam ser previstos, em particular a totalização da diferença monetária entre o saldo contábil e o saldo físico efetivamente apurado; bem como as diferenças dos saldos em quantidades, por material (SKU), local (endereço) e até mesmo lote, se possível. Outros relatórios podem complementar o processo, dependendo de necessidades e interesses específicos.
Alguns dias após o encerramento das apurações será oportuno repassar as lições aprendidas durante o processo do inventário geral. Nesta ocasião, a equipe poderá analisar e refletir em conjunto sobre algumas perguntas críticas, tais como:
fonte: http://www.danielgasnier.com/principios-do-inventario-geral
- A ênfase esta na eliminação das causas, não das conseqüências;
- Como processo contínuo, está sempre se aperfeiçoando;
- Pessoas continuamente praticando contagens produzem melhores resultados;
- O processo acaba sendo mais barato, na medida em que não provoca picos de custos.
Princípios
O inventário geral deve ser tão rápido e correto quanto seja possível. Alias, devidamente organizado, o inventário geral pode ser muito menos incomodo e doloroso do que se imagina, mas para que isto aconteça a chave do sucesso é planejamento e preparação.É fundamental que haja uma pessoa encarregada de todo o processo, assegurando que tudo seja realizado conforme previsto. As áreas envolvidas, tais como contabilidade, logística, produção, qualidade e aquisição também devem estar devidamente envolvidas e representadas.
Recomenda-se que o planejamento de todo o processo de inventário inicie aproximadamente dois meses antes do evento de contagens, não porque as atividades exigem todo este tempo para serem executadas, mas porque é preciso reconhecer que os envolvidos não se dedicam exclusivamente a este processo em tempo integral, pois na realidade têm outras rotinas por executar.
Investir na organização traz dividendos, na medida em que um procedimento formalizado para o inventário geral, que se aperfeiçoa ano a ano, agrega as lições aprendidas dos processos anteriores. Com este propósito são usados, tradicionalmente, formulários para as contagens físicas. Nestes, simplicidade é fundamental, para que usuários compreendam facilmente o que se espera apurar. Atualmente, formulários impressos em computador ou em gráficas, funcionam bem, mas contagens suportadas por coletores (tipo batch, fixos ou por radiofreqüência) são alternativas mais modernas. Naturalmente, cada qual tem suas vantagens: Baixo investimento e simplicidade são vantagens para o processo tradicional, enquanto consistência e produtividade são benefícios críticos quando o esforço requerido é muito maior.
Os itens, os locais e os contadores devem estar bem identificados. As somas não são realizadas pelos contadores, isto será feito mais tarde. Se o processo for baseado em papel, um excedente deve ser previsto para evitar ter que sair correndo para providenciar mais fichas durante a contagem. Os relatórios também precisam ser previstos, em particular a totalização da diferença monetária entre o saldo contábil e o saldo físico efetivamente apurado; bem como as diferenças dos saldos em quantidades, por material (SKU), local (endereço) e até mesmo lote, se possível. Outros relatórios podem complementar o processo, dependendo de necessidades e interesses específicos.
Preparação
Os envolvidos deverão discutir previamente todo o processo, identificando riscos potenciais e resolvendo as lacunas. Algumas das providencias mais usuais na fase de preparação são:- Assegurar que o deposito esteja limpo e organizado na ocasião do inventário.
- Remover, segregar e identificar todo material obsoleto.
- Verificar que todas as locações estejam bem identificadas
- Agrupar os mesmos materiais, tanto quanto possível.
- Unitizar previamente o material em pacotes ou embalagens lacradas, quando viável.
- Providenciar para que o material esteja corretamente identificado, com código e/ou descrição.
- Comunicar a todos os interessados que os recebimentos e entregas serão interrompidos (portas fechadas).
O Grande dia chegou
Os contadores devem entender a importância das duas contagens, que devem ser independentes e cegas. Geralmente recomenda-se que a primeira contagem seja concluída antes que a segunda se inicie, mas pode ser avaliado o contrário. Caso as duas contagens não coincidam, será preciso enviar um terceiro contador. Caso a terceira contagem não coincida, então será preciso enviar o líder ou até mesmo o supervisor do processo in-loco. Quando terminarem todas as contagens, os contadores poderão ser liberados, no entanto os lideres permanecerão algum tempo mais, executando o rescaldo do processo.Alguns dias após o encerramento das apurações será oportuno repassar as lições aprendidas durante o processo do inventário geral. Nesta ocasião, a equipe poderá analisar e refletir em conjunto sobre algumas perguntas críticas, tais como:
- O que funcionou e o que não funcionou?
- São necessárias alterações nos formulários?
- Tivemos problemas de localização?
- Problemas na identificação dos materiais?
- As reconciliações foram realizadas sem dificuldades?
- Houve maiores percentagens de recontagens em alguns casos específicos?
- As decisões foram tomadas em tempo?
- O treinamento foi efetivo? O que poderia melhorar?
- Tivemos dificuldades com os relatórios?
- Alguém solicitou alguma informação que não constava nos relatórios?
- Alguém deixou de ser comunicado ou envolvido?
- Houve reclamações? Quais?
- Algumas melhorias podem ser feitas no procedimento?
fonte: http://www.danielgasnier.com/principios-do-inventario-geral
Educação: Aulas enlatadas
Recebi de um amigo essa materia e achei interessante:
fonte: http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/aulas-enlatadas-e-os-rumos-da-educacao.html
Aulas enlatadas: para onde caminha a política educacional brasileira?
Da CartaCapital
Há décadas o mundo curvou-se ao prêt-à-porter, ao fast-food, à intensidade consumista e assim foi se acostumando com a rapidez com que o tudo pronto, o nem sempre necessário, o efêmero se impõem à nossa vida.
Enlatam-se frutas, sopas, carnes e tudo que couber em belas embalagens que, com a força de uma boa campanha publicitária, virarão dólares, mesmo com gosto pasteurizado ou sem sabor.
Aulas não se podem enlatar. Ou podem? O Ministério da Educação anunciou nos últimos dias que comprará aulas semi-prontas, industrializadas, uma espécie de modelo tamanho único para ‘auxiliar’ pedagogicamente os professores. (Dilma convida professor norte-americano Salman Khan para parceria em projeto na educação básica, Agência Brasil, 16/01/2013 – 19h10).
As aulas do professor Khan foram muito bem compostas por sua finalidade inicial: auxiliar sua prima, que morava distante, a compreender matemática. Ambos dialogavam pela internet e assim, neste processo de mediação, permeado pelo conhecimento recíproco e pela afetividade, foram compondo aprendizagens. Afinal, Khan deveria conhecer a sua prima para ensiná-la. Como afirma Snyders: para ensinar latim a João é preciso conhecer latim e conhecer João.
A aula é uma prática social realizada numa condição historicamente situada, que envolve uma dinâmica de contextualizações e atualizações, que não se faz numa única direção de injetar conteúdos prontos; a aula se faz a partir de mediações e atribuição de sentidos e significados entre estudantes e professores.
A aula não pode estar pronta antes do encontro professor-estudante, portanto, não pode vir enlatada. Transmitir conteúdo não representa dar aula. A aula é o meio utilizado pela escola para a formação de pessoas, é o momento em que, para aprender, é necessário que o estudante incorpore o conteúdo a seu nível de significado e a função do professor é de identificar diferenciados processos de compreensão, dúvidas, hipóteses dos estudantes, saberes envolvidos no ciclo ensinar/apreender, colaborando para as possibilidades de articulações com outras aprendizagens. O professor começa a construir a aula com o aluno antes de encontrá-lo, mesmo na modalidade a distância.
Sabemos qual a equação para a melhoria da qualidade da educação brasileira: boa formação de professores, condições dignas de trabalho, adequado ambiente escolar e capacidade de gestão democrática das equipes dirigentes.
Medidas como essa em questão contrariam a luta histórica de educadores contra a importação de modelos educacionais e a favor de uma política educacional brasileira, comprometida com as nossas necessidades e possibilidades.
Felizmente o professor Khan recusou o convite. No entanto, assusta-nos que nossas lideranças não tenham considerado questões fundamentais, pontuadas pelo convidado.
Esse convidado apoiado em seu bom senso recusou o convite. Outros não recusarão. Alertemo-nos: a recusa não significa que Dilma mudou de ideia. Assim permanece nossa tensão sobre a próxima fórmula mágica que se buscará para equivocar nossa educação!
Quando parece que estamos avançando no campo da Educação retrocedemos com escolhas tão contraditórias. É frustrante! Fica a pergunta: para onde está caminhando a política educacional brasileira?
*As autoras Maria Amélia Santoro Franco (Unisantos), Marineide Gomes (Unifesp/EFLCH), Cristina Pedroso (USP/FFCLRP) e Valéria Belletatti (Instituto Federal de São Paulo) são doutoras em Educação e integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Formação do Educador (GEPEFE-FE) da USP
fonte: http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/aulas-enlatadas-e-os-rumos-da-educacao.html
Aulas enlatadas: para onde caminha a política educacional brasileira?
Da CartaCapital
Há décadas o mundo curvou-se ao prêt-à-porter, ao fast-food, à intensidade consumista e assim foi se acostumando com a rapidez com que o tudo pronto, o nem sempre necessário, o efêmero se impõem à nossa vida.
Enlatam-se frutas, sopas, carnes e tudo que couber em belas embalagens que, com a força de uma boa campanha publicitária, virarão dólares, mesmo com gosto pasteurizado ou sem sabor.
Aulas não se podem enlatar. Ou podem? O Ministério da Educação anunciou nos últimos dias que comprará aulas semi-prontas, industrializadas, uma espécie de modelo tamanho único para ‘auxiliar’ pedagogicamente os professores. (Dilma convida professor norte-americano Salman Khan para parceria em projeto na educação básica, Agência Brasil, 16/01/2013 – 19h10).
As aulas do professor Khan foram muito bem compostas por sua finalidade inicial: auxiliar sua prima, que morava distante, a compreender matemática. Ambos dialogavam pela internet e assim, neste processo de mediação, permeado pelo conhecimento recíproco e pela afetividade, foram compondo aprendizagens. Afinal, Khan deveria conhecer a sua prima para ensiná-la. Como afirma Snyders: para ensinar latim a João é preciso conhecer latim e conhecer João.
A aula é uma prática social realizada numa condição historicamente situada, que envolve uma dinâmica de contextualizações e atualizações, que não se faz numa única direção de injetar conteúdos prontos; a aula se faz a partir de mediações e atribuição de sentidos e significados entre estudantes e professores.
A aula não pode estar pronta antes do encontro professor-estudante, portanto, não pode vir enlatada. Transmitir conteúdo não representa dar aula. A aula é o meio utilizado pela escola para a formação de pessoas, é o momento em que, para aprender, é necessário que o estudante incorpore o conteúdo a seu nível de significado e a função do professor é de identificar diferenciados processos de compreensão, dúvidas, hipóteses dos estudantes, saberes envolvidos no ciclo ensinar/apreender, colaborando para as possibilidades de articulações com outras aprendizagens. O professor começa a construir a aula com o aluno antes de encontrá-lo, mesmo na modalidade a distância.
Sabemos qual a equação para a melhoria da qualidade da educação brasileira: boa formação de professores, condições dignas de trabalho, adequado ambiente escolar e capacidade de gestão democrática das equipes dirigentes.
Medidas como essa em questão contrariam a luta histórica de educadores contra a importação de modelos educacionais e a favor de uma política educacional brasileira, comprometida com as nossas necessidades e possibilidades.
Felizmente o professor Khan recusou o convite. No entanto, assusta-nos que nossas lideranças não tenham considerado questões fundamentais, pontuadas pelo convidado.
Esse convidado apoiado em seu bom senso recusou o convite. Outros não recusarão. Alertemo-nos: a recusa não significa que Dilma mudou de ideia. Assim permanece nossa tensão sobre a próxima fórmula mágica que se buscará para equivocar nossa educação!
Quando parece que estamos avançando no campo da Educação retrocedemos com escolhas tão contraditórias. É frustrante! Fica a pergunta: para onde está caminhando a política educacional brasileira?
*As autoras Maria Amélia Santoro Franco (Unisantos), Marineide Gomes (Unifesp/EFLCH), Cristina Pedroso (USP/FFCLRP) e Valéria Belletatti (Instituto Federal de São Paulo) são doutoras em Educação e integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Formação do Educador (GEPEFE-FE) da USP
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